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Um errante em argolas de fumo mesto
quarta-feira, fevereiro 18, 2004
Ventos de outras terras
Parto para outras paragens, para outro tempo, parto. Parto tão tarde, embora num final de tarde que se avermelha promissor. Parto cansado de ser emissor, de falar e falar e nunca alcançar a minha verdade... sim, porque a de alguém, nem a tentei.
Hoje quem me vê de manhã, passará a ver o recorte das árvores pela janela. Não deixo saudade, pois a saudade não me conhece... está mais ocupada com os desajeitados que se habituaram à presença humana.
Sempre te disse que era um cigano, um errante em fumo mesto. E se já não procuro água ou outras pastagens, procuro certamente outro ar ou ares de futuro.
Eu não te direi adeus, finge que não parti. E então?
Parto para outras paragens, para outro tempo, parto. Parto tão tarde, embora num final de tarde que se avermelha promissor. Parto cansado de ser emissor, de falar e falar e nunca alcançar a minha verdade... sim, porque a de alguém, nem a tentei.
Hoje quem me vê de manhã, passará a ver o recorte das árvores pela janela. Não deixo saudade, pois a saudade não me conhece... está mais ocupada com os desajeitados que se habituaram à presença humana.
Sempre te disse que era um cigano, um errante em fumo mesto. E se já não procuro água ou outras pastagens, procuro certamente outro ar ou ares de futuro.
Eu não te direi adeus, finge que não parti. E então?